domingo, 25 de julho de 2010

Uma "Embrapa" para o mar, uma "Embrapa" para a Amazônia


A 62ª SBPC abriu as portas em cerimônia na noite deste domingo, 25 de julho.

E deu as boas vindas às cerca de 1,5 mil pessoas que lotaram o auditório do Centro de Convenções de Natal apontando caminhos para expandir os benefícios que a Ciência e a Tecnologia trazem para o país.

Para o presidente da SBPC, Marco Antônio Raupp, é necessário investir nos Institutos de Pesquisa. "As universidades hoje são os grandes produtores de conhecimento, mas também existe um comprometimento acadêmico nas instiuições de ensino superior", disse. "É preciso investir em institutos, por meio de parcerias público-privadas, que se dediquem exclusivamente à produção de ciência e à sua aplicação para o ganho econômico, social e ambiental", completou o físico.

Ele criticou a limitação dos investimentos científicos e tecnológicos brasileiros em três grandes áreas: agropecuária (Embrapa), petróleo (Petrobras) e aeronáutica (Embraer). "Essas já são áreas de sucesso, que concetram grandes investimentos", afirmou. "Precisamos de uma 'Embrapa' para o mar e uma 'Embrapa' para a Amazônia", exemplificou o professor.

No caminho


Raupp ainda destacou os avanços do Brasil na área de C&T nos últimos anos. Em 1998, os pesquisadores do país publicaram uma média de 2,8 mil artigos. Em 2008, o número subiu para 30 mil. "Hoje a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) forma 35 mil mestres e 11 mil doutores por ano". O presidente da SBPC ainda destacou que o Brasil ocupa o 13º lugar no ranking da produção científica mundial, ultrapassando países como a Rússia e a Holanda. "Não podemos perder esse ritmo. E para isso é preciso expandir as áreas de investimento".

Foto: Luiz Filipe Barcelos (UnB Agência)

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